Páginas

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Jornalista critica promessa do pastor Silas Malafaia de arrebentar Fernando Haddad: “É um dos sujeitos mais desinteligentes da televisão”

A promessa do pastor Silas Malafaia de “arrebentar” com a candidatura de Fernando Haddad para prefeito de São Paulo, rendeu críticas severas a ele no meio evangélico e fora.

O pastor Paulo Siqueira, líder do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira (MEEB) e colunista do Gospel+ afirmou recentemente que “Malafaia não representa o povo evangélico brasileiro”, em crítica às declarações polêmicas do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).

Recentemente o jornalista Marcelo Carneiro da Cunha, escritor e colunista do Terra Magazine, afirmou que o pastor Silas Malafaia surgiu “de algum lugar escuro e assustador” para opinar a respeito das decisões que o paulistano deve tomar pensando nas necessidades da cidade de São Paulo: “Silas Malafaia não é líder de nenhum partido, não é representante de nenhuma instituição republicana, não é um sujeito particularmente informado da vida paulistana, mas, por algum motivo que me escapa, se sente em condição de vir até aqui para definir a eleição para prefeito da maior cidade do Brasil. Mais: bom cristão, Malafaia cristãmente anuncia que vai arrebentar Haddad. Arrebentar”.

A crítica do jornalista se torna mais enfática contra o pastor da ADVEC: “Arrebentar, lá em casa, é algo que vilões fazem. Vilões arrebentam porque eles são isso mesmo, vilões. Silas Malafaia, ao menos quando o vejo nos programas de tevê, me parece simplesmente um dos sujeitos mais desinteligentes da televisão brasileira, e olhem que estamos falando da televisão brasileira. Aberta”, ironiza.

O descrédito da parte do jornalista em relação ao pastor e sua propriedade para falar sobre os assuntos ligados à eleição municipal em São Paulo parte de episódios anteriores em que o pastor se envolveu em outras confusões: “Eu vivo em São Paulo e nunca me senti precisando de sugestões de qualquer pastor especializado em gritarias para escolher o meu prefeito. São Paulo não me parece uma cidade que dê muita bola para o que um Silas Malafaia tenha a dizer. Tudo que eu o vi fazer até hoje foi babar, soprar, gritar, e casa alguma cair. Estou enganado?”, questiona o jornalista.

Recentemente, uma pesquisa feita pelo Datafolha apontou alto índice de rejeição a candidatos apoiados por lideranças religiosas. Na época, o caso que motivou a pesquisa e ilustrava uma situação atípica era o apoio informal da Igreja Universal do Reino de Deus ao candidato Celso Russomanno (PRB), que não conseguiu votos para estar no segundo turno da disputa, depois de liderar boa parte das pesquisas de intenção de votos durante a campanha.

Fonte: Gospel+

Nenhum comentário:

Postar um comentário